Por mais degradante que este programa possa ser dou por mim constantemente agarrada a esta novela da vida real, chegando ao ponto de ter ódios de estimação. Não me consigo perceber...mas há pessoas que me irritam.
Pois é já se passaram mais de três anos desde meu último post neste blog e tanta coisa mudou...Depois de acabar o meu curso e de ficar desempregada perto de um ano decidi fazer alguma coisa por mim mesma e emigrei. Sou agora, como tantos outros, apenas uma visitante que passa férias no meu próprio pais. Vivo no Reino Unido onde tenho um trabalho digno e onde me pagam o que mereço. Depois de pouco mais de dois anos no meu serviço foi promovida e tenho agora muito mais responsabilidades. Fiz amigos e adoro o meu trabalho!! Mas nem tudo são coisas boas, a pior parte de emigrar é deixar para trás as pessoas que mais amas. Para além de ser filha, neta, irmã, sobrinha e prima, sou agora tia, a dobrar, o que torna as saudades quase insuportáveis... Nem sei como ainda aqui estou, já pensei em voltar para casa tantas vezes mas o meu lado racional ganha sempre e diz-me "voltar para quê? acabar desempregada ou num emprego precário? NÃO" recuso-me a voltar até poder ter o trabalho qu...
Pois é estou aqui. Num sitio deferente de onde estava quando comecei a escrever neste blog, fisicamente e mentalmente. Já se passaram tantos anos e tanto mudou na minha vida que nem sei por onde começar. Sou enfermeira, coisa de que de muito me orgulho e que tanto trabalho me deu, mas depois de quatro anos de estudo e de um de desemprego decidi mudar de vida e agora vivo e trabalho em Inglaterra e faço o que mais gosto. Ser enfermeira não é fácil, especialmente quando o tens de fazer numa língua que não é a tua e que, no inicio, não te sai naturalmente. Ter de dizer a alguém que o seu pai/mãe está a morrer e não saber como o fazer é das coisas mais difíceis que já fiz na vida. Mas ao longo de quatro anos aprendi tanto e cresci tanto que hoje posso dizer que sou uma pessoa melhor e muito melhor enfermeira do que alguma fez fui aluna. Durante quatro anos vi e vivi muita coisa junto dos meus doentes, chorei e ri com eles, dei-lhes a mão quando não havia mais ninguém que o fizesse, ouvi o...
Hoje estou assim desiludida... Triste Surpreendida Preocupada Incrédula " Nunca houve numa «vida única» uma «afeição única»: e se nos parece que há casos em que houve é que essa vida não durou o bastante para que a desilusão e a mudança se produzisse, ou quando se produziu ficou orgulhosamente guardada no segredo do coração que a sentiu. " Eça de Queirós
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